Como saber se compro óleos essenciais de qualidade?
A melhor maneira é pedir a opinião a um aromaterapeuta de confiança, que tenha como seu critério principal o uso de óleos de qualidade superior.
Entretanto, aqui ficam algumas dicas:
"Prefiro ter uma única gota de óleo essencial genuíno, do que 200 litros de produto de má qualidade." - Dr. Pénoel
Entretanto, aqui ficam algumas dicas:
- Pureza não é sinónimo de qualidade. A designação óleo essencial 100% puro é muito frequente na indústria da aromaterapia mas não tem qualquer significado como critério de qualidade. Os óleos podem ser obtidos de plantas fracas, destilados e armazenados incorrectamente, estar fora de validade, diluídos, adulterados... sendo estes apenas alguns exemplos.
- Atenção às marcas que insistem que os seus óleos são "Certificado 100% Puro e de Uso Terapêutico", o que não quer dizer absolutamente nada. O termo Certified Pure Therapeutic Grade (Uso Terapêutico) foi popularizado por uma empresa já instalada mundialmente (inclusive em Portugal) e que opera num modelo de marketing em pirâmide. A legislação no que toca a óleos essenciais é muito escassa e, na verdade, não existe nenhuma entidade responsável por certificar óleos essenciais como Therapeutic Grade. Qualquer empresa pode afirmar vender óleos essenciais de qualidade terapêutica, usando esse isco no marketing dos seus produtos.
- Desconfie de embalagens embelezadas mas com pouca informação. O rótulo deve sempre indicar a data de validade, o país de origem, o nome da planta em latim e, para as espécies em que se justifique, o respectivo quimiotipo (chemotype). O quimiotipo é a raça química dentro da mesma espécie de planta. O tomilho ou alecrim, por exemplo, têm vários quimiotipos, cada um com características químicas diferentes e aplicações terapêuticas diferentes. Ex: Rosmarinus officinalis ct camphor; Rosmarinus officinalis ct 1,8 cinéole; Rosmarinus officinalis ct verbenone.
- Desconfie de marcas que publicitem a venda de óleos essenciais baratos, ou que tenham um preço parecido para todos os seus óleos. Os verdadeiros óleos essenciais de neroli, jasmim e rosa (vendidos ao mililitro: 2ml, 3ml, ou 5ml) por exemplo, são os mais caros e preciosos devido ao delicado processo de extracção. Eles deverão custar bem mais do que gerânio e Ylang Ylang. O seu preço é tão elevado que vai saborear cada gota que usar como preciosa que é. Se assim não for, é fraude certamente... O óleo de patchouli de boa qualidade deve custar mais do que eucalipto. Os óleos de citrinos são usualmente os mais baratos.
- Os óleos essenciais com certificação orgânica são, geralmente, de qualidade superior aos óleos não certificados, mas nem sempre é assim, uma vez que há imensos produtores de óleos essenciais de óptima qualidade que não estão certificados. Nestes casos, a qualidade deve ser comprovada por exames laboratoriais, através de um teste de quimiotipo (chemotyped essential oil), que analisa a composição química de cada lote de óleo essencial, determinando assim a sua qualidade. Também há casos de óleos extraídos de plantas colhidas em estado selvagem, não sendo possível nestes casos a certificação orgânica ou biológica.
- Dê preferência a óleos essenciais devidamente quimiotipados por testes laboratoriais (O.E.Q.T.).
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"Prefiro ter uma única gota de óleo essencial genuíno, do que 200 litros de produto de má qualidade." - Dr. Pénoel